Em
tempos de proliferação de funções, toma forma libertadora a possibilidade de ‘criar’
espaço para o ‘fazer nada’. Deixa de lado o fazer sábio, pensante, a conclusão
de tarefas, a obrigação de realizá-las. A mente preenche-se de ‘vazio’,
solitária, vaga. Amplia a capacidade de deliciar-se com o ócio, sem chinelos nos dedos, com xícara de chá de alecrim nas mãos,
perfumado e confortante. Produz satisfação infinita, resultante de coisa alguma,
como breve consequência do ato pelo qual imploram corpo e alma: repouso, pacífico
e seguro. Sossego justo, convocado pela necessidade humana, de garotos a
grisalhos, nesses tempos de absorver ocupações em abundância. Sem culpa, nem
pressa. Prove!
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