Ao emergir do arco íris, fim de chuva de verão,
testemunho:
A vida acontece...
Quando menos espero, e a voz doce de um infante me acomete com palavras simples,
constato.
O perfume de bolo assando, à espera da calda de chocolate,
lembra-me.
A tagarelice cheia de si, reconfortante, na companhia de um ente especial, entremeada por goles de chá fresco,
mostra-me.
Por meio do olhar afetuoso, no aconchego de colo de mãe,
reconheço:
A vida acontece...
E goteja sem permissão, escoando pelos dedos.