Entre as minhas maiores aspirações, por vezes recordo-me...
Hei de cultivar (todos os dias e sempre que puder) a capacidade de maravilhar-se com a simplicidade. De desejá-la. Contentar-se com ela. Só com ela. O resto há de ser alcançável. Passo a passo.
O cheirinho de açúcar fervendo para a calda do pudim. O sorriso sincero dos entes mais queridos. A sensação de liberdade ao caminhar entre as árvores. A prosa com os amigos, leve e entusiasmada. A paz de pés descalços. A chuva refrescando a terra seca e empoeirada. O acolhimento constante de colo de pai e de mãe. Os sabores dos temperos manuseados com a melhor dedicação, sejam de bolo de chocolate ou de feijão cozido em panela de pressão. O conforto de uma vitória, embora pequenina, como a conquista de um elogio merecido após um esforço redobrado. A saúde festejada em família. A compreensão da mensagem por meio de um simples olhar. O adormecer sossegado e revigorante. O gosto da fruta fresca preferida. A diversão despreocupada na brincadeira de uma criança.
Entre muitas outras...O que há de melhor nessa vida...
São as lembranças de ocasiões como essas que oferecem sentido e significado para a felicidade. Construída por instantes de satisfação celebrada.