Certa vez você descobre que...
O calejado coração já não consegue mais percorrer as mesmas distâncias.
E que a palavra ‘sofrimento’ soa familiar, embora sempre esteja sendo criativo em encontrar maneiras de se afastar dele.
E que, em suas mãos, muitas coisas podem acontecer, mesmo que não as tenha querido assim, exatamente desse jeitinho.
E que todas as virtudes do mundo detidas pelo pobre coração muitas vezes não são capazes de impedir verdadeiras tragédias (tudo bem, talvez um pouco de exagero, eu sei...)
E que olhar para frente já não é o suficiente para incentivar que siga seu caminho, sem olhar para outras direções.
E que existem doenças da alma difíceis de serem nomeadas, e o resto da vida será tempo curto demais. Um remédio pra curar ou uma fresta de luz para perseguir talvez fossem boas medidas.
Pois ainda há sonhos por sonhar que nem foram encontrados. Talvez nem serão. E os que foram se perdem em meio a tanta nebulosidade.
E descobre que buscar a saída é impreciso demais, ter é menos seguro do que parece, e viver é experenciar momentos para provar aos próprios instintos de que ser feliz é possível, sempre e pra sempre.