quinta-feira, 31 de março de 2011




Decisões são tomadas com base em condições emocionais
Seu tempo de permanência não é exato
Nem mesmo sua natureza
E quem disse que seria fácil?
Escolhas são permeadas de valores
Direcionam para o caminho mais viável hoje,
neste momento
E quando chega a tão sonhada “felicidade plena”?
Apresso-me a procurar atraí-la.

terça-feira, 29 de março de 2011

Fadiga crônica!
Desejo desconcertante de engavetar os fatos
De transformar o que já não brilha
Sorrir mais levemente
Tornar repousante o sono “atribulado”
Quando tudo parece tão obscuro...

segunda-feira, 28 de março de 2011

“Namorar a vida”  - li a expressão num dos tantos textos de que gosto e cujos pensamentos positivos emanados fazem-me sonhar um pouquinho mais do que o costumeiro cotidiano permite.
Perseguir uma razão... E porque não criá-la?
Mantenho o hábito excessivo de procurar respostas, e por vezes angustiar-se por não tê-las. Sim, as questões incitam-nos a caminhar. E nem por isso meu foco deve ser “encontrar”. Talvez seja melhor o “buscar” e, enquanto isso, namoro a vida, pra que ela não fique assim meio sem sentido, sem ter aonde chegar.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ao soar do despertador, às 5h10min, os olhos abrem-se desejando permanecer cerrados.
E ao sopro do primeiro vento gelado do dia, típico de nascer do sol, caminha em direção ao lugar de sempre, aquele espaço repleto de significados múltiplos.
Espera-se que lá encontre uma caixinha... “encomenda”!
Saúde, disposição, serotonina, quilos a menos, sorrisos a mais, um montão de conversa gostosa pra iniciar bem a rotina nossa de cada manhã.
E ao término de cada “sessão” descobre-se que não há jeito... não há fim... são todos os dias, ou pelo menos cinco deles, com a disciplina e o ânimo militares de sempre.
Mas é certo que há tempos em que nada é motivo para pular mais cedo do leito. Qualquer minutinho é bom o bastante para valer a pena. Assim como tantas outras coisas boas...

terça-feira, 22 de março de 2011

Tratado sobre o medo

Fenômeno interessante esse: qual a origem de nossas inseguranças? “Um passo de cada vez.” Quase uma metáfora para a covardia. Há uma tênue linha entre a ausência de coragem e o advento da atitude sensata. É sábio manter esta tensão equilibrada constantemente. O medo paralisa nossos atos e desejos. Impede-nos de viver de maneira madura, com vistas ao crescimento. Em doses homeopáticas, tempera nossas decisões, tornando-as mais comedidas. Porém, quando toma para si um papel de protagonista, limita movimentos, transforma poucos degraus em caminhos dolorosos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um silêncio incomum em todos os quartos
Como se existisse algo pra ser dito
Mas ninguém soubesse direito o que era
Como se faltasse um pedaço daquele lugar
Como se tudo estivesse diferente, melancólico, nostálgico

Quem nos deu o direito de sentir o que queremos?
Espero um dia descobrir...

sexta-feira, 18 de março de 2011


“Aqui estou na difícil missão de levar a você
Uma mensagem que possa ser
Como uma luz ou um mantra, nós não somos mais crianças
Um dia acontece, a gente tem que crescer
Temos que encarar a responsa
Eu não deixei de achar graça nas coisas
Simplesmente hoje eu quero ser levado a sério

As coisas mudam sempre mas a vida não é só como eu espero...
Armadilhas do tempo são como o vento
Levando as folhas para lugares distantes.”

(Charlie Brown Jr)

terça-feira, 15 de março de 2011

Eterna roda-gigante...
Somos altamente moldáveis e adaptáveis... “Meia verdade”? Por que será?
Nossa capacidade de resolver nossos próprios conflitos é reconstruída a cada queda ou obstáculo, reorientando nossos horizontes.
Embora muitas vezes participemos de situações cujo processo é árduo e nada desejável, no fim das contas nos tornamos mais fortes a cada pegada, seja de coelho ou elefante.
Quando pensamos que não teremos mais condições de seguir, a insegurança dá lugar à força... Possibilidades infinitas de ser, estar e conhecer a si mesmo.
E o mais incrível é que, sempre que nos deparamos com algo desse tipo, recomeçamos a crença de que “não, dessa vez eu não vou suportar...”

domingo, 13 de março de 2011

Ironia ou contradição?


...Sou tão apreciadora de barulho e movimentos que, estranhamente, por vezes, anseio o silêncio
Calar sons, fatos, coisas, atos. Desconcertante desejo. Infinitas razões. Coloco-me a encontrá-las ou desfazê-las...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Acerca da rotina...

Sequência de atividades mais ou menos programadas, que permitem organizar nossos dias, tornando-os mais produtivos. Orienta e assegura os passos de nossos planos. À margem daquela opinião de que a rotina “cansa e corroi”, acredito num significado mais positivo, na maior parte do tempo. Sim, por vezes é renovador variar nossos movimentos, a favor de ânimos diferentes. Porém, sem hábitos bem estabelecidos não há perspectivas que se vejam concretizadas. Não há caminhos que tenham rumo. Não há encontros, não há progressos. Os detalhes de certa ordem existem por alguma razão. Encontre-a! Uma dose de imprevisibilidade é bem-vinda em determinados trechos de nosso caminho. Não queremos paralisar as mudanças. Novidades advêm de um misto de planejamento e liberdade. Ou não. Acontecem porque têm de acontecer, sem maiores respostas. Flexibilidade, frouxidão. Ordem, rigidez. Equilíbrio constante. Sem rotina, invenção fica difícil. É preciso saber utilizá-la, tirar proveito, evitando tornar-se refém dela. Coloquemo-nos a perturbá-la e recriá-la continuamente...

quinta-feira, 3 de março de 2011

OFÍCIO DE ARTISTA


Cada pedacinho de som, fato ou coisa assim, faz parte do que compõe nossa história. Tornamo-nos o que somos diariamente, a todo o momento. É como se, parafraseando Melo (2009), fossemos compondo um mosaico, onde as peças se encaixassem aos poucos, dando um colorido único e peculiar à obra de cada artista. E é de maneira artesanal que vamos elegendo, cada um a seu modo, o destaque que será dado: peças mais significativas, procurando camuflar as outras. Essas, as menos desejadas, por vezes querem tomar espaço das primeiras. É preciso sabedoria para considerar que, embora saibamos que elas permanecerão lá, fazendo parte daquele todo, não devem ser-lhes concedidos quilômetros de extensão. Cada vez que um novo fragmento vier fazer parte, minuciosamente será visto e categorizado. Não podemos deixar que o que nos incomoda tome conta de nossos dias. A felicidade é construída passo a passo, recheada de momentos de graça e lágrima, peças coloridas e ofuscantes, também as opacas. É mestre quem define quais devem chamar mais atenção. Mãos à obra!

terça-feira, 1 de março de 2011

REINVENTANDO NOSSA CAIXINHA...

Talvez a vida precise mesmo ser reinventada... todos os dias, a cada minuto e segundo
Nos  tornamos uma pessoa diferente do que fomos a cada passo dado
E quem disse que seria fácil aceitar que já não somos os mesmos?
Um dia percebi que ser outro não significa melhorar ou piorar
Basta pensar que já não faz sentido aquilo que há pouco fazia
Que já não há cores onde antes eu via
E que o perfume mudou a essência do que eu sentia

Invejar sonhos de ano novo
Saber vivê-los de maneira mais confortável
Deixar que a angústia da perfeição desocupe o lugar cativo na vida
Dar espaço a outros sentimentos... Renovadores
Onde permitir-se viver e ser feliz seja possível

Pouco importa onde vou chegar
Interessa mais os caminhos por onde tenho passado
Quais os lugares por onde devo ir?
Há bússola? Verdades? Certezas?
Penso que não...
Afinal a vida é mesmo essa caixinha de surpresas
Que me ensina cada vez mais que não sabemos de quase nada mesmo
Ou será que sim?

ENCERRANDO CICLOS

"Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém
e de esperares que ele veja quem tu és.
E lembra-te :
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão."
Fernando Pessoa